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#quem somos

sobre nós

O projeto Enact nasceu da convergência de interesses de diversos pesquisadores. Ele ganhou forma a partir de questionamentos sobre a linguagem de uma perspectiva enativista e integrou questões acerca da lógica, ética e fenomenologia. Foi o trabalho de anos de diversas pessoas individualmente, que encontrou as circunstâncias ideais para se tornar um projeto robusto integrando a todos. 

Desenvolvido no departamento de Filosofia da UFSM, o projeto é coordenado pela Profa. Dra. Nara M. Figueiredo e conta com a participação do Prof. Robson Ramos dos Reis, coordenando o núcleo de fenomenologia, do Prof. Frank Sautter, no núcleo de lógica, e dos Profs. Marcos Fanton, Eduardo Vicentini de Medeiros e Flávio Williges no núcleo de ética. 

pesquisa

Grupos de Pesquisa

Os grupos abaixo descritos estão vinculados a este projeto de pesquisa em virtude da participação de seus coordenadores ou membros no projeto, seus interesses em questões relacionadas às questões do projeto e suas afinidades com propostas enativistas. Se você tem interesse em se aprofundar nesses debates, procure o grupo que mais se encaixa nos seus interesses de pesquisa e seus respectivos coordenadores ou membros. Clique no título para mais informações sobre cada grupo. 

Grupo C&L/Enact UFSM

O Grupo Cognição & Linguagem (C&L) se formou em 2018 e se caracteriza por uma abordagem inclusiva e interdisciplinar, a partir da filosofia, prezando pela horizontalidade nos debates. 

Seus principais objetivos são os avanços na pesquisa e promoção da cooperação e integração acadêmica nacional e internacional no âmbito das investigações sobre questões filosóficas e científicas relacionadas à Cognição e à Linguagem. 

As atividades de pesquisa do C&L são interinstitucionais e reúnem pesquisadores da UFSM, da UFABC e da UENF.

Na UFSM, o Grupo é liderado pela Profa. Dra. Nara Figueiredo, no Depto. de Filosofia, e as pesquisas concentram-se na intersecção entre mente e linguagem, de uma perspectiva enativista. 

ECC Lab F&MC

E-approaches to Communication and Cognition Lab

“Sense-making is the enactive term for cognition. I explore how flesh-and-blood humans, in collaboration with environments and with each other, make sense of things like utterances, gestures, interactions, objects, events, stories, and time.
The key idea I’ve codeveloped here is that, because of the ways our everyday making sense is intertwined with language, language is actually incorporated into all dimensions of human embodiment. We are continually in process, or becoming; we are linguistic bodies. An open question, and one that occupies a lot of my thinking these days, is whether non-human agents whose sense-making involves human language are closer to us ontologically than philosophers have often thought.
I’m also interested in the normativity of sense-making, specifically the question of what it means to make better sense and how communities might do that. “

NormAtiva UFPE

Atualmente, há uma grande pluralidade de sistemas lógicos que prescindem dos princípios básicos da lógica clássica e buscam modelos que capturem a natureza complexa, dinâmica e emaranhada das nossas relações com o mundo e de nossas práticas inferenciais diversas. Uma proposta tradicional na filosofia da lógica repousa na hipótese de que sistemas lógicos são melhores/mais eficientes quanto mais espelhem a lógica do mundo/natureza. Essa hipótese funciona apenas em um enquadramento realista do mundo, que negligencia a participação ativa de agentes cognitivos em sua composição e construção, e posiciona a lógica como uma capacidade cognitiva representacional.

Defendemos que o foco dos sistemas não-clássicos emergentes é o de expressar as relações inferenciais relevantes em diversos ambientes distintos, especialmente destacando a normatividade e o funcionamento de nossas práticas inferenciais. Assim, concepções que reconhecem a participação do agente na construção da realidade (pós-cognitivistas), bem como o caráter normativo e expressivo do vocabulário lógico, trabalham com a hipótese de que a lógica pode ser naturalizada. Uma naturalização da lógica em termos de práticas normativas, que reconhece o aspecto ativo das capacidades cognitivas, deve ser compatível com regimes causais dinâmicos, circulares, culturais e políticos que possam ser aplicados a diferentes concepções de agência, normatividade e racionalidade.

Nossa hipótese é a de que o que normalmente compreendemos como necessidades lógicas devem ser consideradas como coerções/condições normativas que nos unem, em formas de vida, que compartilham dimensões básicas de sentido e participam da construção da própria realidade. Essa hipótese se justifica pelo caráter ativo assumido por concepções pós-cognitivistas especialmente na dimensão corporal e social da cognição para a compreensão da emergência de lógicas não-clássicas e da necessidade da expansão do que a tradição entendeu como racionalidade. Além disso, uma análise atenta às condições sociais que tecem nossos quadros normativos mostra como nossos critérios de justificação racional não estão imunes a reproduzir injustiças também.

CIM UFSM

Grupo Conhecimento, Informação e Memória

O grupo é coordenado pelo Prof. Tiegue Rodrigues, na UFSM.

A proposta do grupo é aprofundar os estudos interdisciplinares sobre os modos de produção, circulação e preservação do conhecimento, articulando as dimensões epistêmicas da informação e da memória. Busca-se, assim, integrar diferentes abordagens teóricas, sobretudo no campo da epistemologia contemporânea, da filosofia da mente, da teoria da informação e das ciências cognitivas, promovendo um ambiente de pesquisa colaborativa e inovadora.

GEPEPE UFRGS

Grupo de Estudos e Pesquisa em Enativismo e Psicologia Ecológica

Coordenado pelo Prof. Eros Carvalho

Dentre as temáticas que animam as discussões do grupo GEPEPE estão: informação ecológica, affordances, saber-fazer, autopoiese, sistemas autônomos, produção de sentido, afetividade, a natureza da cognição, a relação entre ação e percepção, entre outras.

As atividades do grupo começaram em 2018. O grupo busca promover o debate e a colaboração entre pesquisadores interessados nas temáticas mencionadas. Um dos seus principais objetivos é a articulação conceitual do programa de pesquisa enativista e/ou da psicologia ecológica. É uma questão em aberto se essas abordagens podem ser integradas.

O grupo é formado por pesquisadores da Filosofia, sendo eles professores, alunos de Mestrado, Doutorado ou Iniciação Científica vinculados principalmente à UFRGS, além de outras pessoas com interesse em pesquisar na área.

GEFOP UFSM

Grupo de Estudos em Filosofia Social e Opressão

O GEFOP é coordenado pelo professor Marcos Fanton e reúne pesquisadores e pesquisadoras dos níveis de graduação e pós-graduação da UFSM.

O grupo tem como principal objetivo analisar e problematizar as múltiplas formas de injustiça e opressão estrutural que afetam grupos sociais historicamente minorizados, buscando descrever e compreender seus mecanismos, estruturas e processos históricos , bem como outras formas sutis e persistentes nas relações sociais, institucionais e políticas contemporâneas.

Grupo de Pesquisa em Cognição Radicalmente Corporificada UFBA

Grupo formado em 2023 na UFBA sob coordenação de Giovanni Rolla voltado para estudos interdisciplinares envolvendo as abordagens radicalmente corporificadas da cognição.

Sistêmica e Quase-Verdade CLE-Unicamp

Liderado pela Profa. Dra. Itala M. L. D’Ottaviano, o grupo Sistêmica e Quase-Verdade foi formado em 2022 no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Sua abordagem interdisciplinar intersecta, principalmente, lógica, matemática, filosofia, computação e ciência dos sistemas complexos.

Dentre seus objetivos de curto prazo, destaca-se a investigação de sistemas complexos por meio da teoria da quase-verdade em lógica matemática. O grupo busca estabelecer fundamentos e limites teóricos para formalizações matemáticas de propriedades fundamentais da complexidade de sistemas, como emergência, auto-organização, evolução, sinergia, autopoiese etc.


Integrantes:
Itala M. L. D’Ottaviano (Supervisora)
Felipe S. Abrahão (PósDoc)
Ricardo Peraça Cavassane (PósDoc)

Centro de Estudos Integrados Fenomenologia e Hermenêutica UFSM

Róbson Ramos dos Reis

 

As atividades de pesquisa e ensino do grupo abrangem: 1) a formação de recursos humanos em nível de iniciação científica e mestrado, nos programas de Pós-Graduação em Filosofia da UFSM; 2) produção de textos originais nas linhas de pesquisa cadastradas; 3) tradução de textos relevantes para o processo formacional e as atividades de investigação; 4) organização de eventos dirigidos para a comunidade filosófica; 5) colaboração com as atividades e objetivos da Sociedade Brasileira de Fenomenologia;6) organização dos Colóquios Heidegger (anual); pesquisa em Fenomenologia aplicada à teoria da saúde

Realização e colaboração

Este projeto é promovido pela UFSM e  financiado pelo CNPq.

#enact

Sobre o projeto

Dividido em quatro áreas de estudo, linguagem, lógica, ética e fenomenologia, o Enact busca entender se o enativismo pode explicar de forma satisfatória processos cognitivos complexos, como a linguagem e a lógica, a partir da ideia de que o significado emerge naturalmente da interação entre organismos e seus ambientes. De modo geral, o Enact busca entender se o enativismo pode explicar de forma satisfatória processos cognitivos complexos, como a linguagem e a lógica, a partir da ideia de que o significado emerge naturalmente da interação entre organismos e seus ambientes.

“É um trabalho que já vem sendo burilado há anos e, em 2022, encontrou as pessoas certas e as circunstâncias perfeitas para se solidificar como uma iniciativa verdadeiramente colaborativa” 
– Nara Figueiredo

O que é o enativismo

Enativismo é uma abordagem recente da cognição, segundo a qual os sistemas vivos são fundamentalmente relacionais: suas experiências significativas e valorativas emergem da interação dinâmica entre processos orgânicos e ambientais. A pesquisa tematiza a compreensão enativista de processos cognitivos individuais e interativos. Mais especificamente de processos linguísticos, lógicos, fenomenológicos e éticos, que compõem os quatro núcleos de investigação do projeto, coordenados pelos professores Nara Figueiredo, Frank Sautter, Róbson Reis e Marcos Fanton, respectivamente. A delimitação dos núcleos se justifica pela própria teoria, que considera a produção de sentido e a normatividade como condições básicas da vida. Os núcleos abordarão questões relacionadas à emergência do significado e do simbolismo, aos seus aspectos fenomênicos e às suas dimensões normativas.

A hipótese do projeto é de que a teoria pode ser estendida para explicar a cognição de ordem elevada, por exemplo, a linguagem e o raciocínio,  a partir da premissa de que a experiência significativa é intrínseca às interações entre organismo e ambiente, implicando que os processos de alta ordem resultam da complexidade da interação agente-ambiente-agente.

Produção

Este projeto reúne uma rede de pesquisadores interessados em desdobrar problemas enativistas e contribuir para o desenvolvimento da teoria, seja de modo a evidenciar suas dificuldades, seja de modo positivo, ao desenvolver suas potencialidades. Ele integra diversas subáreas da filosofia, conta com a interseção direta com as ciências cognitivas e a epidemiologia e contribui para solidificar da atuação da pesquisa brasileira no cenário internacional da área. No período de 05 anos (de 2017-2021) esses pesquisadores publicaram 103 artigos em revistas internacionais, 67 em revistas nacionais (Qualis A1 e A2), 15 livros nacionais, 13 livros internacionais, 32 capítulos de livros nacionais e 40 capítulos de livros internacionais.

A equipe, que também integra 04 PQs/CNPq, está motivada na direção de uma pesquisa colaborativa e interdisciplinar, com a convicção de que a investigação filosófica avançará por meio de esforços colaborativos que buscam diálogo sobre as dimensões teórico-conceitual e metodológica de pesquisa.

Identidade Visual

A criação de uma identidade visual para o projeto com uma arte específica do logotipo feita por uma profissional foi um passo importante na consolidação do projeto. Ela foi pensada cuidadosamente para refletir os princípios enativistas. No logotipo, o efeito estampa da árvore se relaciona com as explicações evolucionistas do desenvolvimento do simbolismo a partir do ‘imprinting’ de tokens em argila. A estampa seria então um desenvolvimento tecnológico dessa prática.  A fonte do ‘Enact’ estilo máquina de escrever também reproduz essa ideia da ação humana e da técnica como parte da criação da realidade. 

As imagens que compõem a identidade visual como um todo também foram pensadas cuidadosamente. O enativismo é uma teoria que explica a mente a partir da definição de vida e das nossas atividades. Isso inclui a cultura humana. Então, imagens de células (ou da biologia molecular), de plantas, corais, imagens de pessoas interagindo, se emocionando, de animais, de cidades, ou mesmo de planetas, tudo isso é representativo da concepção geral.